Por Joedson Telles

Com a solidariedade dos deputados presentes à sessão desta segunda-feira, dia 28, da Assembleia Legislativa de Sergipe, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) rechaçou duramente as declarações do reitor da Universidade Tiradentes, Jouberto Uchôa, contra a sua pessoa. Ao comentar a denúncia de Venâncio sobre uma suposta invasão a uma rua por parte da Unit, na Farolândia, para construir o seu estacionamento, o proprietário da universidade disse que a ação do deputado é de quem quer voto para voltar a ganhar dinheiro do Estado.  

“O professor Uchoa deveria ser mais claro. Tem que explicar essa entrevista. Em relação ao deputado Venâncio, fique à vontade. Não tenha pena, dor e nem piedade. O que souber, pode denunciar. Respondo por todos os meus atos. Do início da minha vida pública até o momento. Dos governos que participei, Valadares e João Alves. Dos meus cinco mandatos na Assembleia. Professor Uchoa está autorizado: se ele não trouxer algo, é leviano e irresponsável. Queria que ele viesse à Assembleia dar explicações sobre a invasão, ou me convidasse para um debate no auditório da Universidade dele, na presença dos estudantes”, desafiou, observando que o reitor é governista de plantão e sempre tirou proveito da classe política para seus interesses. “Invadiu e vem com uma nota cínica”, disse referindo-se a uma nota que circulou em jornais impressos no último final de semana.

Segundo Venâncio Fonseca, o professor Uchoa “partiu para a agressividade. Albano sempre é lembrado com aquela frase sábia: Sergipe é pequeno e todo mundo se conhece. Conhece o meu comportamento e conhece o dele. Agressividade dessa natureza é falta de argumento. Mas não vai me intimidar. Estou fazendo meu trabalho como parlamentar. Defendendo o povo, e, em particular, a classe estudantil. Defendendo o patrimônio do Estado, o qual ele se apropriou indevidamente. Réu confesso. O próprio advogado tem limite. Não vai defender o indefensável. Invadiu. Isso é uma imoralidade. Querer legalizar invasão”.  

Venâncio salientou ainda a postura da Prefeitura de Aracaju que mesmo vendo o tamanho da obra do estacionamento da Unit não impediu que a rua fosse invadida. O deputado salientou que se fosse a construção de uma humilde casa, de um pobre, a PMA não agiria da mesma forma. “Conforme Osvaldo Nascimento, presidente da Emurb, ele invadiu três metros e construiu sem alvará e sem habite-se. E a Prefeitura vendo uma obra gigantesca não embargar? Virou o quê? Casa de Mãe Joana, é? Todo mundo constrói como quer? Ou o todo poderoso, o cara, pode fazer tudo? O reitor da Universidade Tiradentes? Mas com a sua prepotência, ele não vai me intimidar. Quem não deve não teme. Se estou incomodando, problema dele. Devolva a avenida que não é sua: é do povo sergipano”, garantiu, prometendo apelar ao Ministério Público do Estado de Sergipe.

UNIT ESCLARECE SOBRE POLÊMICA DO ESTACIONAMENTO
 
 
No decorrer da semana repercutiu em Aracaju a notícia de que a Sociedade de Educação Tiradentes, Grupo mantenedor da Universidade Tiradentes, teria invadido uma área pública para construir o estacionamento anexo ao Campus da Unit na Farolândia. Apesar de tantos alardes, a notícia é, mais uma vez, infundada. Desde a chegada da Universidade Tiradentes à Farolândia, em 1994, todas as vias de circulação rodoviária estão expostas e à vista da população. Não há qualquer indício de interrupção do tráfego das ruas e avenidas que ligam o conjunto Augusto Franco à avenida Beira Mar.
 
A suposta avenida, que alguns parlamentares tentam incorporar ao espaço público, nunca existiu de fato. A área em questão era apenas uma pequena via particular, projetada pelo antigo proprietário do terreno onde hoje funciona o estacionamento anexo à Unit. Isso porque, antes de vender a área à SET, o antigo dono tinha a intenção de construir um condomínio e, portanto, projetou uma via de circulação interna para os futuros moradores.

O fato é que a via aberta pelo antigo proprietário do terreno, após aprovada pela Emurb, foi registrada equivocadamente pelo respectivo cartório imobiliário. Apesar de projetada dentro de uma área particular, para circulação interna, a via acabou recebendo o mesmo nome da avenida José Thomaz D’ Ávila Nabuco. Este erro de registro é tão claro que, se a tal avenida em questão de fato existisse, esbarraria no muro do campus da Universidade Tiradentes.

A afirmação de que existe uma avenida no interior do estacionamento da Sociedade de Educação Tiradentes é absurda, já que não há causa legal alguma que justifique a transferência da propriedade de área particular, que agora se diz pública, para o patrimônio do município de Aracaju, mesmo porque a referida área nunca foi objeto de compra e venda, doação convencional, desapropriação ou doação em razão de loteamento, instrumentos legais que legitimariam a propriedade do ente público.
 
Todos esses fatos estão devidamente documentados, inclusive nas mãos de alguns parlamentares ‘denunciantes’ que, ávidos por notoriedade e votos, suprimem informações relevantes com o claro intuito de denegrir a imagem da Unit e, em especial, dos seus dirigentes.
 
A Sociedade de Educação Tiradentes lamenta que os nomes da Universidade Tiradentes e de seus dirigentes sejam maculados por quem tenta fazer da imprensa um palanque eleitoral. A SET e a Unit jamais se curvarão diante da ação desses parlamentares ou de quem quer que seja, pois sabem que nunca praticaram ou praticarão ato ilícito contra qualquer bem de terceiro, público ou particular. O compromisso da SET e da Unit é com a legalidade, a honestidade, a ética, com a crença no desenvolvimento exclusivamente por meio do trabalho que tanto engrandece o Estado de Sergipe.
 
Não é à toa que há praticamente 50 anos o Grupo tem pautado sua ações no preceito de Ulpiano: “Viver honestamente, a ninguém ofender, dar a cada um o que é seu”.
 
Assessoria de Comunicação
Sociedade de Educação Tiradentes