Em 2012, o Governo do Estado através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), lançou o Edital de Apoio a Produções Audiovisuais Digitais de Curtas-metragens e contemplou cinco realizadores sergipanos que receberam um recurso de R$ 30 mil reais para produzir filmes.

Entre os contemplados está Everlane Moraes, que desde o lançamento do seu curta ‘Caixa D’água: Qui-lombo é esse?’, realizado em dezembro de 2012, no Museu da Gente Sergipana, vem colhendo boas críticas em eventos e festivais por todo o país.

Até o final de 2013 o curta já havia participado de 15 eventos, entre mostras e festivais. Entre eles estão o 7º Festival Visões Periféricas e a Mostra Olhos Negros V, ambas realizadas no Rio de Janeiro, a 8º Mostra de Cinema e Direitos Humanos da América do Sul e a Mostra Pluriartística Novembro Negro, realizada em Sergipe. Ele foi ainda vencedor da Mostra Nordeste do Sercine 2013 pelo Júri Oficial, e vencedor do Curta-SE 13 como melhor filme sergipano, escolhido pelo voto popular.

Everlane Moraes lembra que a iniciativa do edital da Secult foi inovadora no Estado. “Ele contemplou não só quem produziu o documentário ou o vídeo de ficção, mas toda uma rede de profissionais e também a comunidade. Acredito que consegui transmitir uma boa mensagem sobre a realidade vivida naquela comunidade”, frisa.

A realizadora também foi contemplada na segunda edição do Edital do Audiovisual da Secult e já está gravando o curta ‘Abismos e Conflitos: a expressão da condição humana’, que contará a história do artista plástico e pai da realizadora, Everton Santos.

Para a secretária de Estado da Cultura, o sucesso do curta de Everlane mostra que a gestão acertou em cheio ao priorizar a execução desse edital. “Isso é muito gratificante para nós, pois vemos um filme patrocinado pelo nosso edital ganhando tanto destaque e mostrando a qualidade do audiovisual sergipano para todo o país”, destaca a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino.

Sobre o filme

‘Caixa D’água: Qui-lombo é esse?’ é um documentário que mostra a importância cultural e histórica do bairro Getúlio Vargas, através de depoimentos de moradores, valorizando a oralidade e dando ênfase à cultura negra presente na comunidade quilombola da Maloca. O documentário mostra ainda que apesar de a comunidade estar localizada numa área urbana, ainda conserva muitos aspectos da vida em quilombo dos antigos negros escravos do Brasil.

Foto: Secult