PGR pede à PF investigação sobre envio de mensagens em massa
Os contratos, que chegariam até R$ 12 milhões, seriam bancados por empresários próximos a Bolsonaro
Cotidiano | Por Agência Brasil 20/10/2018 08h55 - Atualizado em 20/10/2018 10h44

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ontem (19) à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar a suspeita de que empresas de marketing digital estariam atuando nessas eleições de maneira estruturada para envio em massa de mensagens pela rede social Whatsapp. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também abriu processo, depois de ação ajuizada pela candidatura de Fernando Haddad (PT) na quinta-feira (18).

Também na quinta o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem segundo a qual empresas de marketing digital custeadas por empresários que apoiam o candidato à presidência Jair Bolsonaro estariam disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo. Ao rebater as acusações, pelo Twitter, Jair Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e afirmou que o PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela “verdade”.

A reportagem da Folha de S.Paulo apontou uma rede de empresas contratadas para efetuar os disparos em massa. Os contratos, que chegariam até R$ 12 milhões, seriam bancados por empresários próximos ao candidato, como Luciano Hang, da rede de varejo catarinense Havan. Em seu perfil no Facebook, Luciano Hang disse que vai processar a Folha de S.Paulo e desafiou o jornal a mostrar os contratos de envio de mensagens em massa.

Afronta ao processo eleitoral

Segundo o ofício enviado pela procuradora-geral Raquel Dodge ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a situação “exige que se apure quem presta serviços com uso especializado e estruturado de logística empresarial para a divulgação, em massa, de informações falsas”.

Para a procuradora, o quadro de possível interferência na formação de opinião dos eleitores com atuação dessas empresas com mensagens que podem caracterizar ofensas aos dois candidatos “afronta a integridade do processo eleitoral”.

A Procuradora-Geral destaca que a investigação demanda “corpo pericial altamente gabaritado de equipamentos adequados”, uma vez que se trataria de um “novo formato de crime”.

 

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